Acham que é viável a ideia de enviarmos lixo para o espaço?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lucro Descarado

Quando a sofreguidão dos meios de comunicação social se saciou de notícias sobre a Gripe A e inconformados com um número tão baixo de mortos devido á que era suposto ser a "Epidemia" que nos ia chacinar a todos, ser apenas um surto infeccioso brando (pois não acredito que um agente tão contagioso como o vírus H1N1 foi combatido por todos lavarmos com desinfectante), viraram-se para a quantidade de vacinas que sobravam e questionaram o Ministério da Saúde quanto ao suposto exagero de encomenda destas vacinas a uma empresa privada! O Ministério (muito bem quanto a mim) respondeu que era uma prevenção e que, em cenários como o que se vivia uns meses antes, preparamonos para o pior!
Ora, na empresa que fabrica Tamiflu, a vida não podia correr tão bem! O lucro que a empresa gerou com a venda destas vacinas a meio mundo, dava para um escândalo em Portugal em larga escala e, com certeza, num programa especializado com a Jornalista Manuel Moura Guedes só para falar das ramificações deste roubo legítimo de que todo o mundo foi alvo!
Nada como o pânico de saúde pública para que qualquer estado abra os cordões a bolsa para pagar as despesas, e neste momento não vemos muitas noticias sobre este facto pois fomos nós que pedimos que o Ministério se despachasse com a encomenda das vacinas. Não posso afirmar que tudo isto foi planeado pelas empresas de desinfectantes e fármacos especializados na cura da gripe A. Mas o resultado não podia ser mais catastrófico em termos económicos: 1- As vacinas do Tamiflu que os Estados compraram não poderão ser revendidas, transformadas etc. para que possa haver retorno de um investimento com prazo de validade e tão pouca "procura" (doentes de Gripe A), 2- O Ministério da Saúde incorre numa dívida que foi assumida contraida no pânico de uma epidemia geral em plena crise económica, portanto o buraco pode até ser maior ainda, 3- O lucro descarado que a empresa que vende Tamiflu e outros desinfectantes para as mãos vai ser apenas tributado no país em que a empresa opera e o facto de ser uma empresa privada faz com que o lucro dos próximos anos não seja muito diferente (nem todos os países poderam pagar as vacinas a pronto, e um Estado é sempre uma entidade que paga o que deve...quase sempre). 4- A suposta Epidemia do H1N1 descredibilizou a OMS que incorreu em medidas que eram tão ridiculas (consegue-se imaginar tarefas do dia a dia feitas a cerca de 1 metro dos nossos clientes/colaboradores/colegas? Consegue-se imaginar o impacto económico de qualquer trabalhador que, logo que tenha uma febre, tenha que passar 1 semana em casa?) que quase ninguém as cumpriu e ainda por cima não morreu!
Resumindo, o que aconteceu foi:
- Ai Meu Deus do Céu! É a gripe A! A OMS diz que vão morrer pelo menos 1 milhão em Portugal!
- Encomendem já as vacinas! Rápido! Antes que morram mais pessoas!
(passados 2 meses)
- A gripe foi controlada! Sobram 75% das vacinas! A OMS enganou-se! A indústria farmaceutica salta para uma nova era!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lixo Universal

Ontem estava á mesa a jantar, como sempre a uma hora bastante tardia...21 horas! E ocorreu-me, ao limpar o meu prato, a quantidade de lixo que cada ser humano produz ser imensa, e hoje não nos paercebemos da consequencia de pormos algo no lixo, independentemente da sua composição quimica e os danos que isso pode causar ao ambiente e, mais importante que isto tudo, para onde é que esse lixo vai e o que fazem com ele. Pensando na reciclagem de produtos, penso que já tornaram num ciclo o destino de alguns produtos que são deitados no lixo, ou seja, produção -> venda -> utilização/consumo -> lixo -> transformação/reciclagem -> venda -> consumo -> lixo -> reciclagem (and so on...). Portanto já se resolveu, mas existem outros produtos com componentes tóxicos ou de tal maneira transformados que não podem ser reciclados. O problema ficaria resolvido se fosse introduzida legislação parecida com aquela que causou grandes disturbios no Mercado Único Europeu, quando a Dinamarca exigiu que todas as garrafas que entrassem no seu país, fossem primeiro aprovadas por um instituto dinamarquês de defesa do ambiente; algo que não agradou aos produtores de refrigerantes que consideraram esta medida como uma MEQR (Measure Equivalent to a Quantitive Restriction), ou seja, que esta medida iria restringir o mercado dinamarquês a consdições específicas (algo proibido pelas leis de um mercado único, sem tarifas nem restrições á importação). Dei o exemplo deste caso, pois ilustra a dificuldade em legislar estes sectores com o objectivo de diminuir a poluição, por acaso, a medida até ficou de pé, visto o Tribunal de Justiça Europeu (ECJ) considerar que o ambiente pode ser um motivo para esta MEQR lançada pela Dinamarca, mas muitas outras estão ainda em cima da mesa ou foram já recusadas, pois os argumentos ambientais só terão alguma validade quando a espécie de sushi preferida de um qualquer CEO japonês for extinta, ou o Sr. Trump não puder bombear água para a sua suite do 145º andar pois não há água ou energia ou ambas. Portanto, é preciso que se arranje uma solução para os lixos que não podem ser reciclados e reforçar a legislação para os que podem, criando condições para que quando separamos o lixo para uma mais eficiente reciclagem, o nosso esforço é recompensado com um sistema que funcione a nosso favor e que o lixo não se acumule mas que volte a entrar em circulação...sim circulação...temos que transformar o caminho de tudo o que produzimos num ciclo interminável, só assim resolveremos por completo o problema.

Quanto aos que não pudermos reciclar, em vez de enchermos aterros malcheirosos com esses lixos (que, sejamos francos, os aterros têm mais impacto em termos de espaço do que o próprio espaço do aterro...quem é que quer viver perto de um aterro?...Eu não!) poderiamos mandá-los para o espaço... Sim...estou mesmo a falar a sério! Já imaginaram quanto é que o governo americano (e o russo...e o japonês...e o chinês...e qualquer dia o indiano) gastam em mandar homens até ao espaço? E quanto se gasta em pesquisas que não têm efeito prático nenhum? Enquanto poderiamos ter essas pessoas a trabalhar em problemas REAIS, PRÓXIMOS, PERTINENTES?.....bué dinheiro....nem imaginam quanto....nem eu! Mas é bastante! Mas imaginem agora uma gigantesca nave com toneladas de lixo (não reciclável) que tem como missão ultrapassar a atmosfera terrestre e dar suficiente acelaração a esse lixo para que nunca mais teremos que o ver?

A minha irmã, ao apresentar esta solução, disse que " acho mal estarmos a poluir o espaço com o nosso lixo"... bom, assim teremos que esquecer todas as coisas que "achamos mal" e que nos "sabem bem" ( não quero dar exemplos, usem a imaginação...são capazes de ser mais que o orçamento da NASA). Portanto eu penso mesmo que seria uma solução... se prescindissemos de mandar um homem á lua durante 50 anos para nos livrarmos de todos os aterros sanitários da terra...eu penso que valeria a pena!

Para que mais não fosse, seria mesmo engraçado transformar a NASA numa estação de gestão de lixos não-recicláveis! LOL!