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sábado, 13 de março de 2010

Não ao Acordo Ortográfico

Os movimentos na internet são, cada vez mais, um diagnóstico da sociedade em que nos inserimos e alguns deles se insurgem contra decisões tomadas que nos afectam como povo. Estou presente num movimento que tem como vitima o Acordo Ortográfico e tem como objectivo que o acordo não seja um faCto.
A sociedade evolui cada vez mais rapidamente, as suas transformações são inúmeras e radicais, muitas vezes vemo-nos surpreendidos pelas tendências e modas que nos vão sendo impostas sem termos bem a certeza de as querermos adoptar. As tradições são cada vez mais escassas e têm muita dificuldade em se manter na constante mutabilidade dos tempos, tendo já grupos inteiros de pessoas ou movimentos perdido a sua identidade escravos da necessidade de mudar tudo, parando tarde de mais para se aperceber que se esqueceram do seu objectivo e obedecendo ao impulso de sobrevivência. Isto está a acontecer por todo o lado, por diversas razões, e poucos são os grupos e idealogias que sobrevivem ou lutam para manter algo pelo qual reservam respeito e se orgulham pela imutabilidade dessa ideia. A identidade de um país como Portugal reside no seu património cultural, e um país com 800 anos de história tem que preservar aquilo que o torna tão especial.
Portugal já foi, há muito tempo, uma potência respeitada no mundo e fomos nós os principais iniciadores da globalização (no sentido menos moderno da palavra), alargando fronteiras aos 4 cantos do globo e difundindo a nossa cultura por Ásia, África e América do Sul. Poderemos inclusivé, afirmar que os americanos só não falam português por Cristovão Colombo não ter o charme de Pedro Álvares Cabral ou Vasco da Gama junto no nosso Rei.
A marca cultural que está mais patente na cultura das ex-colónias portuguesas será, sem dúvida, a língua e as expressões que foram sobrevivendo ao longo do tempo . Este acordo visa uma deterioração do patimónio cultural português e uma leitura mais atenta do mesmo e uma visão mais tenebrosa do futuro, põe-nos numa situação em que a tradição da lingua de desvanece por completo numa amalgama de dialectos.
A mentalidade de mediocridade e a falta de entrepreneurismo (passo a expressão) que está patente na cultura portuguesa de hoje em dia, não é uma característica hereditária. Os descobrimentos começaram em Portugal, e naquele tempo não haviam tantas garantias ou tantas ajudas como hoje em dia existem. Poderemos dizer que nos falta coragem? Não conseguimos suportar o medo de dar o primeiro passo? Para o Economista X esta característica é um “sintoma da abertura ao marcado exterior, pois, no exterior, os portugueses até se saem bem, temos o exemplo nos emigrantes franceses”, no entanto o sentimento cá no nosso país “é diminuto e muito timido o primeiro passo”. Será que estas alterações ao património cultural português afectam a nossa identidade e, sendo no exemplo da produtividade, afectar negativamente a economia? Será o Acordo Ortográfico o primeiro prego no caixão da tradição da lingua portuguesa?

1 comentário:

  1. Isso dizes tu agora. Mas se não fossem este tipo de coisas ainda falavas português arcaico....Embora também não concorde com o acordo.

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